quarta-feira, 15 de junho de 2011

Documentário poético sobre Caio

 “Sobre sete ondas verdes espumantes”, dirigido por Bruno Polidoro e Cacá Nazario, é um longa-metragem sobre a vida e a obra de Caio Fernando Abreu. As filmagens aconteceram em vários países europeus, mas também entre familiares de Caio, que são os principais avalistas do filme. Dia 10 de junho, foram rodadas as últimas imagens do filme.

Segundo Polidoro, o roteiro é poético porque se debruçou sobre os textos de Caio, e não exatamente sobre a vida dele. “Selecionamos trechos que dividimos nas sete ondas do título, os sentimentos que consideramos mais intrínsecos na obra de Caio. São sete partes que se misturam porque sentimentos também não existem sozinhos”, explica.

Amsterdam, Berlim, Paris e Londres são algumas das cidades que a equipe deve percorrer: locais onde Caio viveu e descreveu nas páginas de seus livros. A viagem também servirá para entrevistas com pessoas como o editor alemão Gerd Hilger, com quem Caio manteve extensa correspondência, o tradutor italiano Bruno Persico e o diretor Patrick Deville.


Sobre sete ondas verdes espumantes from Besouro Filmes on Vimeo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

LUZ Clássica

Cinema é luz e sombra. A luz, e sua antítese, a sombra, fecundado no inconsciente coletivo toda uma sorte de vivências ancestrais que vem repercutindo no imaginário social ao longo da existência humana sobretudo através das artes plásticas e do cinema. Aula passada tivemos uma prática da construção da imagem, partindo do modelo clássico de iluminação. Eis alguns resultados, deste experimento.


















terça-feira, 7 de junho de 2011

LUGARES Estranhos e Quietos

Aula passada vimos a construção da luz na pintura e influências no cinema. Chamou-me a atenção Edward Hopper porque tenho um livro com a reprodução de um dos quadros deles na capa. Curiosamente, 'Histórias de Amor', de Bioy Casares.

Bruno Polidoro citou a influência de Hopper no trabalho de Wim Wenders. Lugares Estranhos e Quietos é uma mostra fotográfica do diretor. Ela esteve em São Paulo e reuniu 23 fotos realizadas ao redor do mundo, de lugares peculiares, como diz o título, em sua maioria fotografados sem a presença de pessoas.

Contudo, em termos de composição, luz, enquadramento, certamente Hopper namorava no cinema. Embora seus quadros mais conhecidos são os que fazem referência ao noir americano, o tempo não é acelerado.  As 'cenas' de Hopper retratam grandes espaços vazios. Mais narrativo e contemplativo, pode-se achar Hopper em Antonioni e vice-versa. Sendo Wenders um admirador de Antonioni, percebemos aí, uma linhagem artística. Três gerações sensíveis à solidão urbana, à incomunicabilidade e aos enquadramentos geométricos.

 Wenders











Hopper 











Antonioni