Estréias

Filme 'Absoluto' terá noite de autógrafos

O filme 'Absoluto – Inter, Bicampeão da América' terá uma noite de autógrafos nesta quinta-feira, dia 2 de março, a partir das 18h, na Saraiva Mega Store, do Shopping Praia de Belas.

'Absoluto' conta uma das maiores sagas do clube colorado: a busca do bicampeonato da Libertadores da América. Ao conversar com o clicEsportes, em fevereiro, roteirista da obra, Luís Augusto Fischer, relembrou a exibição no Beira-Rio.

— Foi inesquecível. É como se fosse um jogo, mas é um filme — disse Fischer.

A obra teve como base depoimentos de torcedores, que enviaram mensagens para um site. Na exibição, se construiu uma situação antagônica: os jogadores, sentados no gramado, assistiam a torcedores, que, reproduzidos na tela voltada para as arquibancadas, contavam, sob seus pontos de vista, como viram a caminhada colorada rumo ao título.

— Havia essa peculiaridade, de que a torcida estava na tela. Havia os caras falando, dando depoimento. Foi um mundo às avessas — destacou.

Torcedor do Inter, o roteirista garante que, ao longo da disputa, não sabia que em caso de conquista escreveria um filme. Mas o cacoete de quem trabalha com cinema fez com que ele já tivesse algumas ideias.

— Não tinha nenhuma expectativa, previsão, nem nada. Pessoalmente, por ter participado de outros (filmes), pensava em aspectos que poderiam render narrativamente — diz Fischer, que, no entanto, prefere não imaginar como seria um filme sobre o tri da América. — Pensar antes dá azar — justifica.

Além da presença de Fischer, do diretor Vicente Moreno e os jogadores D’Alessandro, Guiñazu, Nei e Rafael Sobis o evento será animado pela banda da Guarda Popular com as músicas tradicionais do Beira-Rio.


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LOPE, de Andrucha Waddington

Estréia nessa sexta-feira,  dia 4 de março, o filme Lope, uma co-produção hispano-brasileira que narra os primeiros passos do dramaturgo espanhol Lope Veja (1562-1635). um dos expoentes do Século de Ouro e do barroco espanhóis, contemporâneo de Miguel de Cervantes, o autor de Dom Quixote, que é considerado o primeiro romance moderno.

A produção começou a ser gestada em 2003 na Espanha, com roteiro do espanhol Jordi Gasull. O filme foi rodado em Esauira e Safi (Marrocos) e em várias localidades espanholas. O protagonista é o ator hispano-argentino Alberto Ammann. Elena Osorio, interpretada por Pilar López de Ayala e Isabel de Urbina (Leonor Watling). Para Gasull, "Lope era como um astro de rock, bonito, sedutor...", disse à agência France Press.

O filme de Andrucha conta o começo da carreira de Lope de Veja. Ao deixar o exército, Lope descobriu o teatro, passou a escrever freneticamente e batalhava sem medidas por suas ambições: ser o maior dramaturgo do seu tempo, conquistar mulheres, pertencer à nobreza e, de quebra, desafiar as convenções. No caminho, tropeçou em duas paixões simultâneas, Elena e Isabel. O filme tem ação e suavidade, fotografia belíssima, figurino impecável e textura perfeita. Dá para sentir o cheiro da Madri daquele tempo.

“Lope” estreou na Espanha em setembro de 2010. Dois meses depois, já era a maior bilheteria do ano. Faturou dois Goyas, o mais importante prêmio do cinema espanhol: melhor canção e melhor figurino. O troféu de melhor canção foi para Jorge Drexler, que já tinha vencido o Oscar de 2005 com a música “Al outro lado del río”, do filme “Diários de motocicleta”, de Walter Salles. Nos papéis principais de “Lope”, estão o argentino Alberto Ammann (Lope) e as espanholas Leonor Watling (Isabel) e Pilar López de Ayala (Elena). Também atuam os brasileiros Selton Mello (Marquês de Navas) e Sonia Braga, em uma participação especial como Paquita, mãe de Lope. O longa-metragem é uma co-produção Brasil-Espanha.

— A minha entrada no filme foi totalmente circunstancial — diz Drexler, o autor da canção vencedora do Goya, “Que el soneto nos tome por sorpresa”. — Uma das protagonistas é a minha mulher, a Leonor Watling. Eu ia ao set como baby-sitter do nosso bebê. Fiquei deslumbrado com a personalidade do Andrucha. Ele é espontâneo, uma torrente de ideias. Muito criativo mesmo. Então dei de presente a ele uns versos que escrevi num pedaço de papel, de brincadeira, enquanto assistia às filmagens. Vários meses depois, o Andrucha me ligou e me pediu para botar música nos versos. Mudei uma ou duas coisinhas mais pessoais, que falavam do Andrucha, e pus música. Estou muito contente com esse Goya. Veio de uma amizade sincera. Os brasileiros me dão muita sorte.

Para Waddington, de 40 anos, Lope é sua primeira experiência cinematográfica fora do país depois de "Eu, Tu, Eles", "Casa de Areia" e outros filmes. Lope é "um filme de amor com fundo de aventura" sobre "um jovem que procura seu lugar", disse o diretor, que espera que o filme "possa apresentar ao mundo o talento de Lope Vega, que é muito conhecido na Espanha, mas fora do país não tem a visibilidade que deveria ter."




fonte: www.conspira.com.br