terça-feira, 7 de junho de 2011

LUGARES Estranhos e Quietos

Aula passada vimos a construção da luz na pintura e influências no cinema. Chamou-me a atenção Edward Hopper porque tenho um livro com a reprodução de um dos quadros deles na capa. Curiosamente, 'Histórias de Amor', de Bioy Casares.

Bruno Polidoro citou a influência de Hopper no trabalho de Wim Wenders. Lugares Estranhos e Quietos é uma mostra fotográfica do diretor. Ela esteve em São Paulo e reuniu 23 fotos realizadas ao redor do mundo, de lugares peculiares, como diz o título, em sua maioria fotografados sem a presença de pessoas.

Contudo, em termos de composição, luz, enquadramento, certamente Hopper namorava no cinema. Embora seus quadros mais conhecidos são os que fazem referência ao noir americano, o tempo não é acelerado.  As 'cenas' de Hopper retratam grandes espaços vazios. Mais narrativo e contemplativo, pode-se achar Hopper em Antonioni e vice-versa. Sendo Wenders um admirador de Antonioni, percebemos aí, uma linhagem artística. Três gerações sensíveis à solidão urbana, à incomunicabilidade e aos enquadramentos geométricos.

 Wenders











Hopper 











Antonioni

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